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A prisão do General Braga Neto e a resposta firme da Democracia Brasileira

É irônico que alguém formado para defender a nação tenha sido capturado exatamente por tramitar contra aquilo que jurou proteger.

15/12/2024 10h51 Atualizada há 2 meses
Por: Sheron Nicolette
A prisão do General Braga Neto e a resposta firme da Democracia Brasileira

O Brasil reafirmou, com vigor, que sua democracia não será intimidada por tentativas covardes de subversão.

A prisão do General Braga Neto, um dos pivôs de uma trama golpista, marca não apenas o início do fim de uma era de impunidade para quem atenta contra o Estado Democrático de Direito, mas também o renascimento da esperança de um país que não tolera traidores travestidos de patriotas.

É irônico que alguém formado para defender a nação tenha sido capturado exatamente por tramitar contra aquilo que jurou proteger. Mais irônico ainda, é que o salário, os privilégios e a estrutura que sustentaram essa traição tenham vindo do bolso do povo brasileiro – o mesmo povo que hoje assiste, com alívio, à justiça sendo feita.

As instituições democráticas do Brasil, testadas à exaustão nos últimos anos, mostram que estão vigilantes e prontas para responder, seja contra civis, seja contra aqueles que vestem farda. A tentativa de golpe não é apenas uma afronta à Constituição, mas um atentado direto à memória de milhões que lutaram e morreram pela liberdade neste país.

Nenhuma patente, por mais alta que seja, coloca alguém acima da lei. Quando um general – formado, treinado e sustentado pelo Estado – se transforma em um conspirador, ele não é apenas um criminoso. Ele é um traidor. E traidores, como demonstra o caso de Braga Neto, terão um destino garantido: a cela fria da justiça.

A democracia brasileira, embora jovem, é resiliente. E este episódio serve de alerta: não há espaço para a complacência com atos que ferem a soberania do povo. A prisão de um general graduado é a prova de que não importa o quão alto você esteja na hierarquia militar ou política; quem ousar atentar contra o Estado Democrático de Direito será reduzido ao tamanho de seus crimes.

O mais perverso dessa tentativa de golpe foi a aliança entre políticos inescrupulosos e setores de uma instituição que deveria ser símbolo de estabilidade. Que fique claro: o Exército Brasileiro não é, nem pode ser, ferramenta de interesses obscuros. É dever da instituição refletir e expurgar qualquer elemento que macule sua imagem. A prisão de um general de alta patente deve ser vista como um marco não apenas para o sistema de justiça, mas para a própria reconstrução de valores dentro das Forças Armadas.

Que ninguém se engane: a democracia não é um luxo, mas uma conquista duramente alcançada. E, como toda conquista, ela será defendida até o último suspiro de quem acredita na soberania do povo. Este episódio não é apenas um lembrete, mas uma advertência: todo aquele que tentar interromper, por vias ilegais, o curso democrático do Brasil enfrentará o peso implacável das leis e a indignação de um povo que não aceita retrocessos.

O recado está dado: não há espaço para golpes, não há espaço para traições, e não há espaço para a impunidade. A prisão de Braga Neto é apenas o começo de uma resposta histórica. Os inimigos da democracia devem se preparar, pois a liberdade e a justiça não serão reféns de suas ambições.

O Brasil, neste sábado, mostrou que não se ajoelha diante de generais traidores – e nem diante de qualquer outro inimigo da liberdade. Agora é trancafiar aquele que deu causa a tudo isto, um irresponsável Capitão que seduziu milhares de cidadãos e cidadãs do Brasil e acabou se transformando num lesa pátria, um cadáver insepulcro, a conspirar contra a Democracia e ao Estado de Direito. A cadeia também é seu destino.