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A Farsa da Extrema Direita: Fraude, Mentira e Destruição

A mentira não é um deslize ocasional, mas a espinha dorsal desse movimento

19/02/2025 10h42
Por: Redação
Correio Braziliense
Correio Braziliense

Por Dirceu Lopes

Quando achamos que já vimos de tudo, a extrema direita nos surpreende com mais uma artimanha. O mais recente escândalo envolve Javier Milei, presidente da Argentina, que não apenas dissemina ideias ultraliberais destrutivas, mas também se tornou avalista de uma fraude bilionária no mercado de criptomoedas. A promessa era a mesma de sempre: lucro fácil, prosperidade instantânea, uma nova era de riqueza. O resultado? Milhares de pessoas enganadas, fortunas evaporadas e um governo que se esquiva de qualquer responsabilidade. Esse episódio não é um acidente, mas um padrão que se repete no mundo todo, onde a extrema direita opera como uma máquina de enganação e destruição.

A mentira não é um deslize ocasional, mas a espinha dorsal desse movimento. Desde Donald Trump, com suas fake news que abalaram os pilares da democracia dos EUA, até Bolsonaro, que espalhou desinformação sobre a pandemia, o processo eleitoral e as instituições brasileiras, o método é sempre o mesmo: manipulação, desonestidade e desrespeito à verdade. Javier Milei apenas segue essa cartilha, prometendo um futuro próspero enquanto entrega um presente caótico, cortando direitos, desmontando políticas públicas e, agora, endossando golpes financeiros. A fraude faz parte do DNA da extrema direita, e não há nenhuma surpresa em ver um presidente envolvido com esquemas fraudulentos.

Mais grave ainda é a naturalização desse tipo de comportamento. A extrema direita se especializou em banalizar o absurdo, fazendo parecer que golpes financeiros, desmonte do Estado e violência política são apenas o "novo normal". Na Argentina, Milei vende a ilusão de que o país pode ser administrado como um banco de investimentos, onde os mais ricos ficam ainda mais ricos e o povo é deixado à própria sorte. No Brasil, Bolsonaro promoveu uma gestão baseada no desprezo pela ciência, pelos mais pobres e pelo próprio funcionamento do Estado. O resultado é sempre o mesmo: recessão, desemprego, caos social e uma elite cada vez mais concentrada no poder.

Mas por que tanta gente ainda acredita nessas figuras? Porque elas exploram o desespero e a frustração da população com a política tradicional. Em tempos de crise, quando as pessoas se sentem traídas por governos que não resolveram seus problemas, surge a extrema direita prometendo soluções fáceis e inimigos claros. O bode expiatório pode ser o imigrante, o Estado, os direitos sociais ou qualquer outra coisa que desvie a atenção da verdadeira questão: a extrema direita não governa para o povo, governa para os bilionários, para o mercado financeiro e para os grandes especuladores.

E quando a mentira não é suficiente, entra a violência. Seja pela criminalização dos movimentos sociais, pela perseguição a opositores, pela destruição de direitos trabalhistas ou pelo uso da força bruta, a extrema direita não hesita em esmagar qualquer resistência. É um movimento que despreza a democracia, a justiça e o bem comum, apostando no medo e na repressão como instrumentos de poder. Milei, Bolsonaro, Trump e tantos outros não são apenas políticos, são agentes do caos, figuras que se alimentam do desespero e do ódio para manter seu domínio.

Diante desse cenário, o silêncio não é uma opção. A população precisa se informar, questionar, desconfiar de promessas milagrosas e não cair na armadilha do discurso fácil. É preciso denunciar, resistir e construir alternativas reais que coloquem a justiça social e o bem comum acima dos interesses financeiros de poucos. A extrema direita é um câncer político que cresce na ignorância e na desesperança, e a única cura é o conhecimento, a organização e a luta por um futuro verdadeiramente democrático e igualitário.

Se queremos evitar novos golpes, novas fraudes e mais destruição, temos que agir agora. A história nos ensina que o preço da omissão é alto, e que os oportunistas sempre voltam com novas mentiras para se manter no poder. Não podemos permitir que esse ciclo se repita. O futuro da democracia, da justiça e da própria civilização depende da nossa capacidade de reagir. Milei, Bolsonaro, Trump e seus seguidores são o reflexo de uma política do engano e da violência. Está na hora de virar essa página e escrever um novo capítulo baseado na verdade, na solidariedade e no compromisso real com o povo.